Meu Pitaco

Thursday, January 04, 2007

Ordem: Fazer acontecer

Chego cada vez mais à conclusão que seja lá qual for nosso objetivo na vida, devemos correr atrás dele. Seja aquele emprego de 10 mil reais ou aquele grande amor da sua vida. Estou em um momento muito peculiar da minha vida onde meus objetivos estão muito claros, só não estou conseguindo a força necessária para começá-los! Nos próximos dias tentarei fazê-los acontecer.

O engraçado é que criei esse blog aqui pra fazer minhas filosofias de botequim e acaba que estou fazendo disso aqui quase que um diário... Estarei eu virando um adolescente?

Monday, January 01, 2007

Das datas que eu mais gosto, o ano novo é especial. Adoro também o natal e o carnaval, mas o natal tem um fundo religioso e o carnaval é uma festa folclórica. O Reveillón não. Tudo bem, é lógico que a partir do momento que o calendário gregoriano foi instituido como o da maioria dos povos no mundo, todos passaram a olhar o 31 de dezembro com mais carinho porque o ser humano tem essa coisa de recomeçar e bla bla bla... Mas o Reveillón é especial. Pode ser que eu diga isso porque passei todos os meus reveillóns (pelo menos os que eu me lembro) na rua, na praia, com o povo, vendo fogos, mas continuo achando a virada do ano uma data realmente única. Não pela obviedade da data só acontecer uma vez, mas pelo clima popular. Não há outra época no ano onde as pessoas fiquem mais felizes do que no ano novo. No natal ainda rola uma saudade dos que já morreram e carnaval nem todo mundo gosta, mas ano novo é difícil achar alguém que não goste. Há uma certa cumplicidade no ar. As pessoas se abraçam, desejam feliz ano novo pra todos na rua. É um certo clima de Maracanã, onde pessoas que nunca se viram na vida se abraçam por causa de um gol.
Tudo fica engarrafado, mas o povo não se importa. Tudo fica lotado, mas o povo não se importa. Copacabana só fica aberta pra entrada de carros até as 18 horas, mas o povo não se importa. Toca todo tipo de música do mundo, inclusive do tipo que o povo não gosta, mas o povo não se importa. Os fogos de Copacabana não são aquela Coca-Cola toda, mas o povo não se importa. As ruas ficam sujas (principalmente na chuva...), mas o povo não se importa. Todo mundo acaba levando banho de champanhe na praia, mas o povo não se importa. As pessoas voltam pra casa num ônibus lotado que mais parece uma lata de sardinhas, mas o povo não se importa, todos querem estar ali, participando da uma celebração sem raça ou credo definidos. A galera que joga flores no mar pra Iemanjá vive em comunhão com o evangélico mais fervoroso sem atritos. Na verdade todo mundo no ano novo acaba sendo um pouco umbandista, né?

Tomara que nesse 2007 as pessoas passem a ser mais tolerantes, mais pacientes e estudem mais.
Acho que é disso que o povo precisa.